A forma como o drama trata o bloqueio de escrita do protagonista e suas consequências é ponderado e na medida certa. O roteiro tem um ar humano, mesmo sendo ficcional. O filme é baseado no livro El Móvil, primeiro romance de Javier Cercas, publicado em 1987.
A história nos apresenta Álvaro (Javier Gutiérrez), um homem que sonha em ser escritor, profissional e da alta literatura, não apenas um picareta, escritor de best-sellers sem profundidade. Para isso, ele tem como professor de literatura Juan (Antonio de la Torre) que o auxilia e o guia na produção de textos literários. Álvaro é casado com Amanda (María León) que é uma escritora de sucesso, de renome nacional. É perceptível que Álvaro vive à sombra da figura da mulher e que nutre um certo ciúme exatamente por causa de seu sucesso. Mesmo assim, a vida do casal aparentemente caminha bem, mesmo com um deslize ou outro de Álvaro, nada demais. Até que um dia Álvaro encontra Amanda o traindo. Álvaro decide largá-la e tirar umas férias do emprego para ir em busca de seu sonho de ser escritor. Para conseguir alcançar seu objetivo, ele começa a provocar conflitos reais na vida das pessoas que estão a sua volta, para que aí tenha material substancial para seu projeto literário. Será que a arte imita a vida ou na verdade seria a vida que imita a arte?
O roteiro fica a cargo de Manuel Martín Cuenca, Alejandro Hernández e Javier Cercos. O elenco conta com Javier Gutiérrez, María León, Adelfa Calvo, Adriana Paz, Tenoch Huerta, Rafael Télle, Antonio de la Torre, Domi del Postigo, José Carlos Carmona, Juanfra Juárez, Juan Carlos Villanueva e Alberto González.
O longa está disponível na Netflix. O trailer pode ser visto aqui.
