O longa francês de 2018 consegue, de uma forma bastante inteligente e assertiva questionar o conceito de “sementes podres” sempre associado a crianças e jovens com dificuldades de adaptação a uma realidade social que insiste em podar seus sonhos e a possibilidade de algum futuro. E a resposta vem com com delicadeza e poesia, sob a direção de Kheiron (que também é o responsável pelo roteiro), que mostra por meio de exemplos e cenas, a necessidade do afeto, do respeito e do diálogo livre com os jovens a fim de que esses possam encontrar o seu caminho em meio à sociedade.
A trama apresenta a história do jovem Waël (Kheiron), um ex-menino de rua que vive no subúrbio de Paris e que juntamente com Monique (Catherine Deneuve) sobrevive aplicando pequenos golpes em desavisados. Em uma das ações, a dupla se depara com Victor (André Dussollier), um velho amigo de Monique. Victor cuida de um centro de crianças desfavorecidas e problemáticas, e de certo modo, sem futuro. Coagida por Victor, a dupla se vê obrigada a trabalhar na tal instituição, caso contrário Victor faz a denúncia de roubo. É quando Waël gradualmente se torna responsável por um grupo de seis adolescentes expulsos por absenteísmo, insolência ou mesmo porte de arma. Tal situação fará com que Waël confronte seus antigos medos e traumas, além de fazê-lo descobrir um inesperado dom.
O elenco traz Kheiron, Catherine Deneuve, André Dussollier, Louison Blivet, Adil Dehbi, Hakou Benosmane, Youssouf Wague, Ouassima Zrouki, Joseph Jovanovic e Alban Lenoir.
Sementes Podres está disponível na Netflix. O trailer pode ser visto aqui.