A Noiva do Diabo

 A Noiva do Diabo (2016) on IMDb
A caça às bruxas foi um triste episódio da história humana. Digo humana pois não se trata apenas de uma questão meramente religiosa ou cultural. Muitas vidas foram ceifadas por lideranças que, pelo menos na teoria, deveriam zelar pelo bem-estar da população. Igreja e estado, na ocasião se uniram para ‘purificar’ a sociedade. E como fazer isso? Removendo desta mesma sociedade todas as ‘desajustadas’ que fossem localizadas. Deste modo, morreram tantas quantas pudessem ser mortas, muitas vezes, apenas para dar o exemplo ou ainda para não se voltar atrás em uma sentença.

E inocente (ou desinformado) é aquele que acha que isso apenas aconteceu nos países mais próximos da Itália ou o centro da Europa. Nos países escandinavos foi igualmente massacrante e o longa vem apresentar isso. Aliás, o filme é uma verdadeira homenagem a inúmeras mulheres mortas de forma bárbara naquele período.

Dito isso, um importante resgate histórico pode ser encontrado em “A Noiva do Diabo” (Tulen morsian, no original), longa de 2016 e que é baseado na caça às bruxas em Åland, Finlândia, nos anos 1600.

A trama se passa em 1666, período de início da caça às bruxas mais difundida e sistemática na história escandinava. É quando conhecemos Anna (Tuulia Eloranta), uma jovem de apenas 16 anos e que vive em um vilarejo na Ilha de Åland, onde as mulheres são acusadas de feitiçaria. Ao todo 16 foram condenadas, acusadas de bruxaria e “união com o diabo” e sete executadas.

Com direção e roteiro de Saara Cantell, este drama finlandês traz em seu elenco Magnus Krepper, Antti Reini, Tuulia Eloranta, Elín Petersdóttir, Clas-Ove Bruun, Claes Malmberg e Maria Sid.

O trailer pode ser conferido aqui.