A Porta no Muro

Conhecido mundialmente por seus clássicos da ficção e fantasia, as obras de H. G. Wells sempre são emblemáticas. Por muitas vezes, atemporal, seus textos nos fazem mergulhar em mundo imaginários que, em certos momentos, flertam com pormenores de da nossa realidade, nua e crua.

De uma forma geral, o enredo de “A Porta no Muro” gira em torno do relato das memórias de Lionel Wallace que, em certo momento de sua vida, encontrou uma misteriosa porta verde em uma parede branca. Conforme a trama se desenrola, o leitor é brindado com uma série de alegorias sobre vários aspectos envolvendo escolhas, responsabilidades e nostalgia. Por se tratar de uma história bastante sucinta, o seu andamento é bem fluído e limpo, sem muito espaço para divagações, levando ao leitor uma experiência de entretenimento e nostalgia na mesma medida.

A sinopse oficial destaca:

Escrito por H. G. Wells, conhecido como pai da ficção científica moderna, e publicado pela primeira vez em 1906, “A porta no muro” nos levará ao mundo de lembranças do nosso protagonista, que certa vez encontrou uma misteriosa porta verde numa parede branca. Cada decisão tomada por ele em diferentes momentos da vida é uma porta que se abre. E cabe a nós confiar no narrador enquanto ele nos guia através dessa jornada cheia de alegorias sobre o conflito da humanidade, entre atender ao chamado dos nossos sonhos ou a expectativa da sociedade.

O curioso é como as obras que caminham no campo da ficção e do fantástico conversam com o nosso cotidiano. A quem diga que tais obram são um recurso que o autor tem de falar de aspectos reais, mas por meio de alegorias, dar o seu recado, mesmo que por meio da ludicidade. Sim, se observarmos bem, muito do que é contato na literatura ficcional vai de encontro com aspectos reais. A diferença é que, naquele momento, o autor brinca com acontecimentos e personagens, transmitindo o teor real de algo que ele deseja comunicar. Um recurso inteligente, por assim dizer.

O britânico H.G. Wells nasceu em 21 de setembro de 1866 em Londres e faleceu em 13 de agosto de 1946, nesta mesma cidade. Foi escritor e membro da Sociedade Fabiana. Wells teve uma infância humilde e até os 14 anos, recebeu educação inadequada, somente complementada pelo seu hábito de ler. Responsável por inúmeros clássicos da literatura de ficção e fantasia, entre elas A Máquina do Tempo, A Ilha do Dr. Moreau, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos.