O Suplente

Trama que envolvem questões sociais, entrelaçadas com aspectos da vida cotidiana e drogas já fizeram sucesso (e penso que ainda fazem) no cinema. Afinal, quem não se lembra de “Mentes Perigosas” (1995), estrelado pela brilhante Michelle Pfeiffer, que protagonisa uma professora que tem que lidar com um grupo de alunos desajustados em uma escola da periferia? Pois bem, esse enfoque, quando desenvolvido bem é sucesso. E aqui encontramos uma produção argentina de 2022 que conseguiu acertar neste quesito.

Ao assistir “O Suplente” (El Suplente) não há como não fazer referências com Mentes Perigosas. Mas boas referências, acredite. Na história, conhecemos o professor de Literatura Lucio (Juan Minujín) que devido a uma situação atípica, acaba se tornando professor substituto em uma escola do bairro em que cresceu. A turma que ele irá atuar está em uma escola do ensino médio e enquanto vai reconstruindo vivências e desenvolvendo suas aulas, Lucio precisará lidar com questões do seu próprio passado, seu pai e a realidade do entorno. A situação se agrava quando um de seus alunos é ameaçado por um chefão das drogas da região.

A atmosfera dramática em que O Suplente está imerso nos faz refletir enquanto docentes e educadores, o nosso papel na vida de nossos alunos, em seu cotidiano e se, de alguma forma, o que falamos e fazemos em nossas aulas faz algum sentido, melhorando ou interferindo em suas vidas.

Com direção de Diego Lerman e roteiro de Diego Lerman, María Meira e Luciana De Mello, o longa é uma coprodução latinoamericana e européia entre empresas da Argentina, Espanha, Itália, México e Francia.​ O elenco conta com Juan Minujín, Alfredo Castro, Bárbara Lennie, Rita Cortese e María Merlino.

O Suplente está disponível na Netflix. O trailer pode ser visto aqui. https://www.youtube.com/watch?v=UcP7QmdM2VU