Não há dúvidas de que o computador é, de longe, um dos maiores feitos do século XX. É uma ferramenta que muitos o utilizam como ferramentas de comunicação, para diversão, para seus negócios e atividades laborais, entre outros. Mas quantos destes conhecem verdadeiramente como esta engenhoca funciona? Dos que a conhecem certamente poucos ouviram falar do matemático e criptoanalista britânico Alan Mathison Turing. Ele foi pioneiro ao desenvolver o computador como o conhecemos hoje e ainda ajudou a decifrar os códigos Enigma enviados pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
O livro “Turing e o Computador em 90 minutos”, da coleção 90 Minutos, Paul Strathern traz com sua forma clara e concisa um pouco da vida deste cientista que, injustiçado por algumas de suas escolhas, esteve por décadas esquecido. Turing fez muito para o progresso da computação e nada mais justo que receber os méritos por isso. A “Máquina de Turing” se tornou um dos pilares para a ciência da computação e é uma das abstrações matemáticas mais influentes do Século XX, bem como o famoso “Teste de Turing” que testa a capacidade de uma máquina exibir comportamento inteligente equivalente a um ser humano.
Alan Turing nasceu em Londres em 1912 e esteve envolvido em descobertas por toda a sua vida. Em 1952, foi condenado por homossexualidade pelo governo britânico, quimicamente castrado, proibido de trabalhar e de entrar nos EUA por conta de sua condenação. Em 1954, Turing cometeu suicídio comendo uma maçã que continha cianeto. Seu corpo foi encontrado por sua empregada, bem como a maçã mordida ao seu lado. Em 2013, Turing recebeu o perdão real, 59 anos após sua morte. Em homenagem por seus feitos e importância para a humanidade, o Bank of England escolheu o rosto de Alan Turing para estampar as notas de 50 libras a partir de 2021.