Inspirado em fatos reais, o filme se passa em um dos “asilos de Madalena”. Amplamente conhecidas na Irlanda, estas instituições religiosas abrigavam mulheres consideradas na época, dejetos da sociedade e que precisavam de “reabilitação”, além de esconder casos de abusos de padres, entre outros. Na virada do século, estes lugares foram acusados de tortura, abuso e trabalho escravo ao explorar mulheres tuteladas com a conivência do governo e acobertados pela própria igreja.
A trama gira em torno do novato Padre John (Ciaran Flynn) e do veterano Padre Thomas (Lalor Roddy) que, em 1960 foram requisitados a visitar um convento na Irlanda afim de investigar um suposto milagre. Fora relatado que estátuas naquele lugar estavam a chorar sangue. O trabalho dos dois padres era constatar se isso era verdade ou não. De posse de uma câmera 16mm, Padre John regista imagens e entrevistas com envolvidos nos trabalhos do convento, coletando falas e detalhes sobre os ocorridos. Neste trabalho de pesquisa, os padres passam a descobrir detalhes sórdidos envolvendo o local e principalmente sua madre superiora, interpretada por Helena Bereen.
Uma frase citada por Padre Thomas, deixa o espectador intrigado e nos leva a refletir sobre o real papel de tais artífices na igreja: “Eu acredito em Deus, mas esse tipo de trabalho não me aproxima dele.”
Com direção de Aislinn Clarke, roteiro de Martin Brennan, Michael B. Jackson e Aislinn Clarke, o elenco é composto por Lalor Roddy, Ciaran Flynn, Helena Bereen, Lauren Coe, Carleen Melaugh, Dearbhail Carr, Charlie Bonner, Cathy Brennan Bradley, Isaac Heslip, Iona Clarke, Maddox Gulliver e Daragh Merrit.