“100 Aforismos Sobre o Amor e a Morte” é uma seleção de pequenos textos filosóficos de Friedrich Nietzsche – aqui chamados de aforismos – e que concentram reflexões sobre o amor e a morte, dois temas universais e de fundamental importância, sob o olhar deste polêmico pensador do século XIX. Lançada em 2012, a seleção de tais aforismos ficou a cargo do tradutor Paulo César de Souza.
Entre os inúmeros [curiosos] aforismos encontrados nesta obra, estão:
“Por amor, as mulheres se transformam naquilo que são na mente dos homens por quem são amadas.”
“O amor e o ódio não são cegos, mas ofuscados pelo fogo que trazem consigo.”
“O que é o amor, senão compreender que um outro viva, aja e sinta de maneira diversa e oposta da nossa, e alegrar-se com isso? Para superar os contrastes mediante a alegria, o amor não pode suprimi-los ou negá-los. — Até o amor a si mesmo tem por pressuposto a irredutível dualidade (ou pluralidade) numa única pessoa.”
“Devemos temer quem odeia a si próprio, pois seremos vítimas de sua cólera e de sua vingança. Cuidemos, então, de seduzi-lo para o amor a si mesmo!”
“O que se faz por amor sempre acontece além do bem e do mal.”
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844 em Roecken, Alemanha. Aos cinco anos de idade, perdeu o pai, que era pastor luterano. Estudou letras clássicas na célebre Escola de Pforta e na Universidade de Leipzig. Com 24 anos foi convidado a lecionar filologia clássica na Universidade da Basileia (Suíça). Em 1870, participou da Guerra Franco-Prussiana como enfermeiro. Em 1879, com sua saúde debilitada, aposentou-se da universidade. A partir daí, levou uma vida errante, em pequenas localidades da Suíça, Itália e França. Nietzsche perdeu a razão no início de 1889, vivendo em estado de demência por mais de onze anos, aos cuidados da mãe e da irmã. Somente nessa última década suas obras começaram a ser lidas, tornando-se famoso. Faleceu em Weimar, em 1900, em decorrência de uma infecção pulmonar. Além dos títulos publicados, deixou inúmeras páginas de esboços e anotações, conhecidos como “fragmentos póstumos”.