Seguindo os passos da escola de Jordan Peele, o longa estadunidense de 2020 vem tratar do terror sociocultural e étnico, tendo a escravatura como elemento principal. Com belas atuações de nos fazer roer as unhas, o longa prende a atenção e nos faz questionar tópicos importantes de nossa sociedade. O trailer pode ser visto aqui.
Importante se situar para que a compreensão da história, de fato, aconteça. No passado, os Estados Confederados da América eram uma união política formada em fevereiro de 1861, com o objetivo de “preservar culturas e tradições”, além de manter regimes como a escravidão. Somente no ano de 1865, foi oficializada a Décima Terceira Emenda à Constituição americana, abolindo assim (pelo menos na teoria), a escravidão em todo o território dos Estados Unidos. Como o papel aceita tudo, era de se esperar que o racismo do regime escravocrata (e tantos outros respingos na história dos EUA) não seriam sumariamente eliminados da cultura profundamente ligada aos escravos. Logo, o tema ainda é um temor real para os negros (não apenas dos EUA), ficando evidente que a estrada ainda é longa até que tenhamos esquecido tais momentos amargos da história.
O longa conta a história da jovem Veronica (Janelle Monáe), uma bem sucedida escritora e palestrante, de origem afro-americana. Certo dia, Veronica percebe estar aprisionada entre duas realidades distintas: a dos dias atuais, onde possui os mesmos deveres e direitos de qualquer outro cidadão do seu país; e a do passado, onde tem de vivenciar a injusta e lamentável realidade da escravidão nas plantações de algodão no sul dos EUA. Veronica deverá descobrir o mistério por trás desse estranho acontecimento e fugir, a fim de salvar a sua vida.
Escrito e dirigido por Gerard Bush e Christopher Renz, o elenco conta com Janelle Monáe, Eric Lange, Jena Malone, Jack Huston, Kiersey Clemons, Gabourey Sidibe, Marque Richardson, Tongayi Chirisa, Robert Aramayo, Lily Cowles, London Boyce, Arabella Landrum, Achok Majak e T.C. Matherne.
