A Professora do Jardim de Infância

 A Professora do Jardim de Infância (2018) on IMDb
O filme “A Professora do Jardim de Infância” é um filme poético, inteligente, belo e igualmente perturbador e inquietante. Lançado em 2018 sob o nome original The Kindergarten Teacher, o longa (que é uma produção Netflix) é dirigido por Sara Colangelo, com roteiro de Sara Colangelo e Nadav Lapid e estrelando no elenco Rosa Salazar, Maggie Gyllenhaal, Gael García Bernal, Parker Sevak, Michael Chernus, Anna Baryshnikov, Daisy Tahan, Ajay Naidu, Samrat Chakrabarti, Haley Murphy e Stefaniya Makarova. O filme trata-se de um remake de um drama israelense lançado em 2014. O trailer pode ser conferido aqui.

O roteiro apresenta Lisa Spinelli (Maggie Gyllenhaal), uma professora de jardim de infancia de Staten Island e que é bastante dedicada a seu trabalho. Apesar de toda a dedicação profissional, Lisa que está com seus quarenta anos e casada com Grant (Michael Chernus), um marido doce (mas aparentemente desmotivado, assim como seus filhos), parece não se sentir completa, como se lhe faltasse algo. Lisa, se sente cansada e para tentar preencher esse vazio, faz aulas em um curso de poesia, onde Simon (Gael García Bernal) é o instrutor. Quando ela descobre que um de seus alunos de cinco anos, o jovem Jimmy (Parker Sevak) pode ser um pequeno prodígio, ela fica obcecada com o garoto, nutrindo uma estranha relação com o garoto, arriscando sua vida e liberdade afim de incentivar os talentos de seu aluno e também para que ele seja reconhecido.

É interessante ver como a professora Lisa se conecta ao aluno, quase tratando-o como um filho, justamente por ver nele possibilidades que ela, de certa forma, não vem nem em outros alunos e em seus próprios filhos. Um trecho mencionado no filme e que merece a nossa reflexão, representa o que Lisa pensa a respeito de nossa sociedade: “Talento é uma coisa tão frágil e rara e nossa cultura faz de tudo para acabar com ele. Mesmo aos quatro ou cinco anos, eles vem para a escola vidrados nos celulares, falando apenas de TV e vídeo games. É uma cultura materialista que não favorece a arte, ou a linguagem ou a observação.”