No Brasil, o filme recebe o nome “Agnus Dei”, latim para “Cordeiro de Deus”, uma expressão religiosa que faz referência ao sacrifício divino de morrer pelos filhos humanos. O trailer pode ser visto aqui.
O roteiro de Agnus Dei se passa na Polônia, em dezembro de 1945. Mathilde Beaulieu (Lou de Laâge), uma jovem médica da Cruz Vermelha que foi encarregada de tratar sobreviventes franceses antes de serem repatriados, acaba sendo chamada para socorrer uma freira polonesa. A princípio Mathilde fica relutante em prestar tal ajuda, mas por fim concorda em ir ao convento, onde viviam trinta freiras Beneditinas afastadas do mundo exterior. Conforme Mathilde se familiariza com o cotidiano das freiras, descobre que várias delas estão engravidaram em circunstâncias dramáticas e que estão a ponto de dar à luz. Conforme os dias passam, a relação entre a ateia e racionalista Mathilde com as freiras, ligadas às regras de sua vocação religiosa, vai se estreitando. Mas tais relações também trazem consigo vários perigos.
Pessoalmente identifiquei duas passagens interessantes, mencionadas durante o longa, que retratam a vida em torno da fé. A primeira diz que “No começo, você é como uma criança, segurando as mãos do pai e sentindo-se segura. Então chega uma hora e eu acho que ela sempre chega, quando seu pai solta a mão. Você está perdida. Sozinha no escuro. Você clama, mas não há respostas. Mesmo que você se prepare para isso, é pega de surpresa. Atinge-a bem no coração. Essa é a cruz que carregamos. Atrás de toda alegria está a cruz.” A outra passagem é informa que “A fé é 24 horas de dúvida e 1 minuto de esperança.”
A direção é de Anne Fontaine, com roteiro de Anne Fontaine, Pascal Bonitzer, Sabrina B. Karine e Alice Vial. O elenco traz Lou de Laâge, Agata Buzek, Agata Kulesza, Vincent Macaigne, Joanna Kulig, Katarzyna Dąbrowska, Thomas Coumans, Eliza Rycembel, Anna Próchniak e Pascal Elso.