Até o fim

“Até o Fim” (All Is Lost, no original), é um filme diferente e quem o assistir, entenderá o que quero dizer. Se formos compará-lo com outros Blockbusters, a trama poderá lembrar a mesma de Náufrago e ainda os mais recentes As Aventuras de Pi e Gravidade. Angustiante, silencioso, sufocante e profundo, o roteiro deste drama estadunidense de 2013 pode ser, de muitas formas inspirador, sob o ponto de vista de alguém que se vê perdido no meio do mar sem qualquer esperança de encontrar ajuda ou mesmo ser resgatado. O trailer dá uma ideia do quão angustiante é o longa.

Algumas curiosidades que o fazem único é o fato de que durante toda a duração do filme, Robert Redford, o único ator em cena, não pronuncia uma única palavra. Mas apesar do filme ter apenas um ator e um escritor/diretor, o longa conta com onze produtores executivos, e mais seis outros produtores de títulos variados. Escrito e dirigido por J.C. Chandor, Até o Fim tem em seu elenco apenas o ator Robert Redford.

A história se passa durante uma viagem pelo Oceano Índico, onde o navegador experiente e solitário (Robert Redford) tem seu veleiro parcialmente destruído após colidir com um contêiner abandonado que estava à deriva. Mesmo remendando o casco da embarcação, ele terá a difícil tarefa de resistir às tormentas de uma tempestade tropical e à hostilidade da fauna marinha (como tubarões) para sobreviver. Ele contará apenas com mapas e com o seu conhecimento quanto a correntes marítimas para se localizar e tentar chegar ao seu destino.

Certamente a frase do famoso oceanógrafo Jacques Cousteau, falecido em 1997, consegue retratar de forma sublime o longa: “Um homem sozinho no mar um homem mal acompanhado”.