BlackBerry

Os mais novos em tecnologia e gerações mais recente certamente não fazem ideia do que seja BlackBerry. Se dissermos que nos smartphones havia um teclado físico abaixo da tela seria algo soaria como piada. Pois bem, houve um tempo que isso funcionou muito bem. Nesse período a marca ou aparelhos BlackBerry eram símbolos de status e prestígio até darem lugar ao iPhone. Mas como tudo isso ocorreu? Como foi a ascensão e queda desta marca que outrora era imponente e habitava os bolsos dos magnatas? Usando da comédia, o longa canadense “BlackBerry” vem mostrar isso, de forma caricata e bem leve. A linguagem utilizada no enredo faz o expectador (que pode não ser um expert em tecnologia) acompanhar as peripécias dos personagens de uma forma que a temática não fique tão geek ou nerd, atingindo a vários públicos (e não apenas os caras da TI).

Assim, o enredo conta a história da incrível ascensão e do trágico declínio do primeiro smartphone do mundo. A tecnologia criada por Mike Lazaridis (Jay Baruchel) e seu melhor amigo, Douglas Fregin (Matt Johnson), aliada ao dinheiro e a experiência do empresário Jim Balsillie (Glen Howerton), transforma completamente a forma como as pessoas se comunicam em 1996. Celebridades, políticos e empresários estão viciados em seus Blackberrys e o valor da empresa canadense dispara. No entanto, em poucos anos, segredos obscuros, disputas pessoais e, o maior perigo de todos, a chegada do iPhone, ameaçam o incrível sucesso da companhia.

O filme detalha não apenas a ascensão e queda do celular BlackBerry, mas também da empresa canadense Research in Motion, que tinha sua sede em Waterloo, Ontário, Canadá. A Research in Motion Inc. tornou-se conhecida mundialmente por seus smartphones BlackBerry, visto que ele era o primeiro dispositivo desse tipo a se firmar no mercado. Na época a região de Waterloo tornou-se o equivalente canadense ao Vale do Silício. Os aparelhos foram por um tempo, onipresentes nos primeiros anos do século 21, populares entre empresários e funcionários do governo; até o então presidente Barack Obama era fã do dispositivo. Mas o advento do iPhone da Apple em 2007 acabou se tornando a sentença de morte para o BlackBerry. Graças a uma vantagem inicial de vários anos, o BlackBerry se manteve contra o iPhone por vários anos, mas logo foi superado pelo dispositivo da Apple e outros concorrentes, pois a empresa se envolveu em várias disputas legais. A Research in Motion, agora renomeada como BlackBerry, não fabrica mais nenhum hardware, incluindo seu smartphone exclusivo; agora produz software de cibersegurança.

Matt Johnson está na direção e também assina o roteiro com Matthew Miller. O elenco traz Jay Baruchel, Glenn Howerton, Cary Elwes, Saul Rubinek, Michael Ironside, Rich Sommer, SungWon Cho, Michelle Giroux e Matt Johnson.

Lançado em 2023, o filme é baseado no livro Losing the Signal: The Untold Story Behind the Extraordinary Rise and Spectacular Fall of BlackBerry de Jacquie McNish e Sean Silcoff.

O longa está disponível para aluguel em diversas plataformas, como Apple TV, Amazon Prime Video e Youtube. O trailer pode ser conferido aqui.