“Contágio” (Contagion”, no original), lançado em 2011 e dirigido por Steven Soderbergh, é um filme de ficção científica (com elementos de suspense) e está novamente em voga. Mas porque será? O motivo é simples: O longa (que é desenrolado em um cenário de catástrofe, com elementos quase apocalípticos) traz tantas semelhanças com o quadro atual de pandemia do Coronavírus (COVID-19) que realmente impressiona. Vale ressaltar ainda que no filme em questão, o progresso do vírus (que é letal) é exponencial, transmissível pelo ar e mata em poucos dias.
O enredo de “Contágio” foi escrito por Scott Z. Burns, após um cuidadoso trabalho de pesquisa médica, e conta a história da personagem Beth Emhoff (interpretada por Gwyneth Paltrow) que é contaminada por um vírus ao viajar para a Asía em uma viagem de negócios. Retornando a seu país, a mulher morre desta suposta gripe e seu marido Mitch Emhoff (interpretado por Matt Damon) é colocado em quarentena. Porém, não demora para que a epidemia comece a se espalhar, matando as pessoas em poucos dias. O pânico neste momento prevalece e a comunidade médica mundial (assim como na realidade), parte em uma corrida contra o relógio, afim de encontrar uma possível cura (antes que seja tarde demais) e ao mesmo tempo controlar o pânico que se espalha muito mais rápido que o próprio vírus. Além de Matt Damon e Gwyneth Paltrow, o elenco ainda conta com Laurence Fishburne Jude Law, Marion Cotillard e Kate Winslet.
Apesar de ser uma obra de ficção, acho muito válido que seja visto. A reação da população, o pânico gerado por um agente desconhecido, os impactos na economia, as consequências pelos vazamentos (ou não) de informações sigilosas, a difusão das chamadas fake news e tantos outros assuntos são tratados de maneira bastante similar ao que vemos atualmente. Entende-se que a propagação de um vírus como este é muito rápida, sendo a transmissão ainda mais fácil e que por isso, o isolamento é essencial. Assim, a velocidade em que são tomadas as medidas de contenção é um elemento decisivo, afinal ninguém está isento: todos estão no mesmo barco (ricos, pobres, médicos, especialistas, políticos, artistas, entre outros), já que o vírus não escolhe a quem infectar. A frase (de efeito) do cartaz do filme, resume bem a situação que constatamos ao assistir o filme, mas também facilmente identificada em nosso noticiário: “Nada se espalha como o medo”.
O trailer pode ser visto aqui.