A história se passa em Jerusalém, no contexto da guerra árabe-israelense de 1948, às vésperas do nascimento do Estado de Israel a partir de sua independência. Neste cenário encontra-se o pequeno Amos Oz (Amis Tessler), de apenas oito anos e que vive com seus pais, cercado de música clássica e de estantes com livros diversos, de história, artes e filosofia. Mesmo tendo a sua volta, conflitos inflamados entre árabes e judeus, barulhos de bombas, tiros e disparos de anônimos, sua maior tragédia e preocupação mora na depressão que consome lentamente sua mãe. A sua vida e a de sua família muda por completo, quando sua mãe comete suicídio, estando Amos Oz com 12 anos de idade. A partir daí ele entra para um kibbutz, muda o seu nome e passa a trabalhar como escritor, com uma participação ativa n vida política do país.
Algumas citações do filme que merecem ser mencionadas:
“Jerusalém é uma viúva negra, que devora seus amantes enquanto estão dentro dela.”
“Lembrar é como tentar restaurar um edifício antigo com as pedras de suas ruínas. E as pedras têm memória.”
“Podemos encontrar o inferno e o paraíso em todos os lugares. Com um pouco de maldade, as pessoas são o inferno umas para as outras. Com um pouco de compaixão, um pouco de generosidade, as pessoas encontram o paraíso umas nas outras.”
“Só na imaginação os perseguidos se unem em solidariedade para combater seu inimigo impiedoso. Na realidade, dois filhos do mesmo pai abusivo não se tornarão aliados, necessariamente. Muitas vezes, cada um enxerga em seu irmão o comportamento ameaçador do pai.”