Lançado em 2020, este drama traz diversas reflexões interessante em torno do isolamento, da solidão, da plasticidade, os desafios humanos e dos relacionamentos nestas condições no mundo atual. Talvez pelo seu ritmo, o longa não agradará a todos, mas talvez seja exatamente pela sua velocidade que fiquei ali, pensando na história por dias.
Em “Eden”, conhecemos Éva (Lana Baric), uma jovem que é alérgica a todos os tipos de substâncias químicas, poluição do ar, ondas de rádio e campos eletrônicos, assim vivendo em total isolamento do mundo externo, tendo contato apenas com seu irmão e os médicos. As perspectivas de Eva começam a mudar com a chegada do Dr. Andras Jonas (Daan Stuyven), o psicólogo que foi contratado inicialmente para investigar a causa da doença da protagonista e investigar sua doença do ponto de vista psicológico, estudando a verdadeira vida de Éva.
Contemplativo e bastante melancólico, a condução lenta da narrativa pode não agradar a todos, uma vez que a ritmo em que as camadas vão sendo percorridas sem pressa. Em seus 153 minutos, esta produção de 2021 que envolveu Hungria, Romênia e Bélgica consegue passar a frieza e a plasticidade que é viver em um mundo em que pouco ou nada faz bem. A protagonista, mesmo viva, praticamente não se remete à alegria de viver. Aqui o sobreviver é o que é esperado, tendo em vista a condição lastimável que Eva se encontra.
Com roteiro de Ivo Briedis, Ágnes Kocsis, Gábor Németh e Andrea Roberti, além da direção de Ágnes Kocsis, o elenco traz Lana Baric, Daan Stuyven, Lóránt Bocskor-Salló, Maja Roberti, Zalán Makranczi, László Kistamás, Róbert Kardos, László Katona, Lili Gattyán, Stephanie Schlesser, Caroline Daish, Attila Réthly, Zoltán Friedenthal, Szabolcs Thuróczy, Gergely Káli, Thanh-Huy Phan e Kembe Sorel.
O longa está disponível em diversas plataformas, entre elas Looke, Vivo Play, Google Play e Youtube. O trailer pode ser conferido aqui.