Quanto ao longa, vou ser direto: Vamos combinar que os argentinos são bons no cinema e pronto. Brasileiros e outros colegas latinos podem até reclamar disso, mas não adianta. Os caras são bons mesmo e não dá pra ficar reclamando e procurando problemas e defeitos. Aliás, El Prófugo é uma prova disso. Imagine um suspense com umas pitadas de comédia e elementos sobrenaturais. Esquisito certo? Negativo! Saiu tudo muito bem, diga-se de passagem. Não ficou piegas, chato e nem muito menos sem pé nem cabeça. Pelo contrário, o resultado é reflexivo, atraente e inovador. Parabéns à direção de Natalia Meta (que também é responsável pelo roteiro) e que conseguiu aliar tantos gêneros em um único exemplar que merece menção. O filme é vagamente baseado no romance ‘El mal menor’ de C. E. Feiling. O trailer pode ser visto aqui.
Após uma experiência traumática, Inés desenvolve um distúrbio do sono e é assombrada por pesadelos violentos. Os personagens que povoam seus sonhos querem tomar posse de seu corpo?
Em El Prófugo somos apresentados à Inés (Erica Rivas), uma jovem que trabalha como dubladora e canta em um coral em Buenos Aires e que, após um episódio traumático durante uma viagem com o companheiro, começa a borrar a fronteira entre o real e o imaginário. Inés acaba desenvolvendo um distúrbio do sono com pesadelos vívidos e sons recorrentes invadem seu cotidiano. Mas é quando, ensaiando para um show, ela conhece Alberto (Nahuel Pérez Biscayart), um jovem que se encaixa em seu mundo sem questionar. Mesmo com a ajuda de sua mãe Marta (Cecilia Roth), Inés não pode evitar um sentimento perigoso: há seres que vêm de seus sonhos. Seres que querem ficar para sempre.
O longa, que foi lançado em 2020, é descrito por seus criadores como um fantástico thriller psicossexual”. Só por aí já dá pra se ter uma ideia do que pode estar por vir.
O elenco traz Erica Rivas, Nahuel Pérez Biscayart, Daniel Hendler, Cecilia Roth, Agustín Rittano, Guillermo Arengo e Mirtha Busnelli. O longa é uma coprodução Argentina e México.
