Escola Mentirosa: Sucesso ou Estagnação

O livro “Escola mentirosa: sucesso ou estagnação” é polêmico. Lançado em 2014 pela Paulus Editora e distribuída em 20 capítulos vem trazer nos fazer refletir sobre os (graves) problemas de nossas escolas. Sem rodeios ou meias palavras, o autor Celso Antunes, deixa bem claro que “O propósito essencial desta obra é provocar o espanto, abalar as convicções do certo e do errado e, quem sabe, gerar protesto, mas jamais omitir as falhas existentes no ensino praticado no país. Escola mentirosa: sucesso ou estagnação representa um repensar da instituição e de seus colaboradores, pois só assim poderemos transformar sonhos em realidade. Este livro é destinado a gestores, professores e coordenadores, mas também pode ser útil para alunos de licenciatura e pedagogia, se forem contaminados pelo “bom vírus” de fazer de suas intenções um meio para transformar mentiras em verdades.”

Já na apresentação, Celso Antunes deixa claro o seu pensar a respeito do ambiente escolar: “A escola que imaginamos e de que necessitamos, a boa e saudável escola que é anseio de toda família e aspiração de todo aluno, é um sonho possível. Como todo sonho, é conquista difícil, mas não tarefa impossível. E, ao buscar esse sonho, acreditamos que o primeiro passo seja a análise fria e objetiva dos erros da escola que agora temos. Da mesma forma que uma equipe médica formula criteriosa análise sobre determinada doença para buscar a cura, procuramos, neste trabalho, comentar os erros com a esperança de sugerir soluções. É essencial superar a estagnação para que se possa acreditar no sucesso e, por esse motivo, um exame superficial dos ensaios e das crônicas deste livro pode causar perplexidade, espanto e até indignação.”

Mestre em ciências humanas, especialista em inteligência e cognição, Celso Antunes lança luz sobre os principais problemas do modelo escolar atual, sejam eles projetos mal elaborados, a falta de planejamento, os erros da inclusão digital, infraestruturas precárias, falta de investimentos nos professores, entre outros. Ele deixa claro que apesar de toda a ironia e sarcasmo, crítica ferina e agressividade, a obra foi escrita paradoxalmente, com intenso sentimento de amor.

Esta é certamente uma obra dedicada a aqueles acredita que “Quanto mais amamos uma instituição e os seus profissionais, ainda mais aspiramos à excelência deles e, por isso mesmo, mais intensamente nos amarguram os defeitos e as imperfeições.” É uma leitura angustiante, mas extremamente necessária.