Esperança

 Esperança (2013) on IMDb
Se o crime é considerado um câncer da sociedade, os casos de pedofilia são feridas que dificilmente cicatrizam. O mais curioso é que, conforme os anos passam, mais casos são descobertos e noticiados. Já percebeu? O que existem atualmente de diferente em relação ao passado? Talvez os novos meios de comunicação e a tecnologia, pois entendo que este mal sempre existiu. Entretanto, o que havia no passado era um ‘sigilo’ ofuscando tais situações e casos. O crime de estupro e somado a isso, crimes envolvendo crianças como abusos e pedofilia mexem com a gente. Mas, mais do que indignação com o crime em si é a dor física e emocional que tais crianças são submetidas. Essa dor se multiplica mil vezes para quem é pai ou mãe, para quem está próximo dos pequenos. A raiva e o ódio tomam conta pois nos sentimos impotentes diante de tal condição. Assim, os pais precisam direcionar o seu amor e todos os meios possíveis para ajudar seus filhos a se integrarem com as pessoas ao seu redor e viver uma vida como as outras crianças. Mas esta não é uma tarefa fácil.

O enredo de “Esperança”(Hope / So-won, no original), lamentavelmente narra uma experiência vivida na história real, com um roteiro roteiro baseado no “caso Nayoung”, ocorrido em 2008 na Coréia do Sul. Quanto às interpretações dos protagonistas, não há o que dizer. São espetaculares, com destaque para Lee Re, que interpreta a personagem principal. A história retrata um momento horrível mas que precisa de análise e visibilidade para a temática receba a devida atenção das autoridades e da justiça. O trailer pode ser visto aqui.

O filme nos apresenta So Won (Lee Re), uma menina alegre e cheia de vida. No dia em que So Won foi para a escola sozinha com seus amigos, Im Dong-hoon (Sol Kyung-gu), o pai de So Won recebeu a notícia de que sua filha estava em estado grave no hospital por ter sofrido um estupro. A partir daqui, o pai que sempre amou sua filha deverá fazer impossível para trazer So Won de volta a uma vida normal, além de fazê-la superar o trauma psicológico. O amor de pai deverá ser grande e forte o suficiente para ocultar todo a cólera sentida contra o “homem mal” (nas palavras de So Won), ao mesmo tempo que dá amparo à sua esposa Kim Mi-hee (Uhm Ji-won), mãe de So Won que segue angustiada, sem chão e igualmente sem rumo.

Com a direção de Lee Joon-ik e roteiro de Jo Joong-hoon e Kim Ji-hye, esta produção da Coréia do Sul tem em elenco Lee Re, Sol Kyung-gu, Uhm Ji-won, Kim Hae-sook, Kim Sang-ho – Han Gwang-sik, Ra Mi-ran, Yang Jin-sung e Kim Do-yeob.