Nesta co-produção Paraguai/Argentina/França/Alemanha, com muitos trechos falados inclusive em Guarani, temos um enredo de suspense que nos leva a refletir se devemos fazer o certo ou o que nos mandam fazer, quando estamos em uma condição de empregado ou subordinado. Claro que olhando rapidamente sob tal questão, a resposta é relativamente simples de ser dada. Mas, e quanto envolve a moral e a ética em um ambiente de guerra, por exemplo? Será que tais regras também valem? Devemos fechar os olhos e acatar? Devemos cumprir o ordenado sem questionar?
O roteiro se passa em 1978, durante o regime militar no Paraguai que durou mais de 35 anos (entre 1954 e 1989), sendo este governado por Alfredo Stroessner, dois homens enterram secretamente cadáveres na floresta. Todos os dias eles recebem os chamados “pacotes” na beira do rio. Mas, em uma manhã, entre a pilha de mortos, eles descobrem alguém que ainda está respirando. Ambos sabem que têm que matá-lo, mas eles nunca mataram ninguém antes. Enquanto isso, em meio a esta questão, estes solitários homens acompanham pelo rádio, a final da Copa do Mundo que acontece na Argentina.
Com direção e roteiro de Hugo Giménez, o elenco conta com Aníbal Ortiz, Silvio Rodas, Ever Enciso e Jorge Román.