Neste novo episódio da história chamado “Matrix Resurrections” (The Matrix Resurrections, no original) nos deparamos novamente com Tom Anderson, o protagonista. A diretora brinca com o passado de Matrix, desconstruindo tudo que foi dito até aqui sobre a história em torno de Neo. Esta foi, certamente, uma dos lançamentos mais aguardados de 2021. A produção estadunidense, assim como seus antecessores, mescla ação, aventura, ficção científica, com uma boa dose de filosofia e dilemas existenciais.
Uma coisa é certa: o longa irá agradar aos fãs mais fiéis (como de certo modo me agradou), mas também entendo que não agradar aqueles que esperavam uma continuidade ou mesmo uma pegada mais associada à trilogia já consagrada. Digo isso porque Ressurrections em certos momentos em nada se parece com o que estávamos acostumados a ver. Aqui encontramos uma aventura pessoal do protagonista, enquanto na popular trilogia, a trama girava em torno de um “bem maior”, por assim dizer. Claro que a diversão é garantida e vale o ingresso!
Quanto ao uso dos efeitos especiais esperados, eu diria que não foram tão bem utilizados como nas edições anteriores. Aliás, com tanto tempo de tela, reconheço que as poucas tomadas de ação poderiam ter feito um melhor uso de efeitos como o bullet time. O que fica evidente é que o roteiro se inspirou na história e personagens originais e só. Uma inspiração para uma nova história.
Lana Wachowski dirigiu a partir de um roteiro de Wachowski, David Mitchell e Aleksandar Hemon, baseado em personagens criados pelas Wachowskis.
Em “Matrix Ressurreições”, retornamos a um mundo de duas realidades: uma, a vida cotidiana; o outro, o que está por trás dele. Para descobrir se sua realidade é uma construção física ou mental, para se conhecer verdadeiramente, o Sr. Anderson (Keanu Reeves) terá que escolher seguir o coelho branco mais uma vez. E se Thomas… Neo… aprendeu alguma coisa, é que a escolha, enquanto uma ilusão, ainda é a única saída para… ou para… a Matrix. Claro, Neo já sabe o que tem que fazer. Mas o que ele ainda não sabe é que a Matrix está mais forte, mais segura e mais perigosa do que nunca. Deja vu.
Reeves reprisa os papéis duplos de Thomas Anderson/Neo, o homem uma vez salvo da Matrix para se tornar o salvador da humanidade, que mais uma vez terá que escolher qual caminho seguir. Trinity (Carrie-Anne Moss) também está de volta, interpretando a icônica guerreira que ao lado de Neo desbrava o mundo das máquinas. Aqui, porém ela também é Tiffany, uma esposa suburbana e mãe de três filhos com uma queda por motocicletas superpotentes. Morpheus (Yahya Abdul-Mateen II) também retorna com uma nova roupagem, por assim dizer e, como no passado, serve como guia para Neo enquanto também cumpre seu próprio propósito maior em uma jornada muito singular de autodescoberta. Niobe (Jada Pinkett Smith), a feroz General que uma vez lutou pela sobrevivência de Zion, também está presente e que agora cuida do bem-estar de seu povo com um fogo familiar em seus olhos, apesar um sentimento de descrença e suspeita sobre o retorno de Neo. Uma nova história, com novas interpretações, novos personagens mas que, lá no fundo, carrega o dna qu já conhecemos.
O elenco conta com Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Yahya Abdul-Mateen II, Jonathan Groff, Jessica Henwick, Neil Patrick Harris, Priyanka Chopra, Jada Pinkett Smith, Lambert Wilson, Daniel Bernhardt, Toby Onwumere, Max Riemelt, Eréndira Ibarra, Andrew Caldwell e Brian J. Smith.
No Brasil, o filme está disponível no serviço HBO Max. O trailer pode ser visto aqui.
