Trata-se de uma obra inteligente e um retrato muito bem construído de uma mulher no século XXI, se observarmos bem, temos relatos a todo momento de filhas que cuidam de seus pais, avós e familiares em situações de enfermidade e velhice. Digo filhas pois é comum que tal tarefa seja direcionada à mulher, por seu cuidado, seu jeito mais meigo com os familiares. Geralmente o filho “homem” não tem nem a mesma habilidade e nem a responsabilidade. Longe de mim criar um paralelo do que está ou não correto em tal afirmação mas, o que se é por aí é isso. Neste longa também não é diferente: vemos uma mulher que luta para balancear sua vida pessoal com a vida familiar e profissional, de forma que tudo não se desmorone por completo.
No enredo de “O Chão Sob Meus Pés” conhecemos a consultora de negócios Lola Wegenstein (Valerie Pachner). Para Lola, a vida tem tudo a ver com controle. Como uma executiva de sucesso, ela está prestes a completar 30 anos, viajando entre Viena e as corporações que ela reestrutura, administrando sua vida pessoal com a mesma eficiência implacável de seu trabalho. Seu relacionamento com a chefe Elise (Mavie Hörbiger) é um segredo, e ninguém – nem mesmo o amante de Lola – sabe sobre Conny (Pia Hierzegger), sua irmã mais velha com doença mental. No entanto, quando Conny tenta o suicídio, Lola é forçada a dividir seu foco entre o trabalho e cuidar de sua irmã. Ao fazê-lo, Lola percebe que seu controle sobre a realidade está se esvaindo e tudo pelo que ela trabalhou tão duro está ameaçado.
Com direção e roteiro de Marie Kreutzer, o elenco traz Valerie Pachner, Pia Hierzegger, Mavie Hörbiger, Michelle Barthel, Marc Benjamin, Axel Sichrovsky, Dominic Marcus Singer e Meo Wulf.