O longa “Pequena Mamãe” (Petite Maman, no original) é uma bela produção francesa de 2021. Em meio a um clima melancólico e misturando drama e fantasia, o longa apresenta o universo infantil, marcado pela perda, pelo luto e como tais condições são enxergadas pelo olhar de uma criança. E será que haveria uma forma mais humana, singela e intimista em explicar tais aspectos da vida para uma criança? Fico a me perguntar. É de se pensar que enquanto a maturidade é formada, construída sob a personalidade daquele ser, aspectos como a morte e o luto ainda estão em desenvolvimento. Em seus 70 minutos (sim, um longa até bem pequeno), a mensagem que fica é a da singela e pura inocência. Muito mais que esclarecer e apresentar respostas, o enredo abre margem para dúvidas e questionamentos, o que é rotineiro em se tratando do mundo infantil.
Em “Petite Maman”, acompanhamos a vida de Nelly (Joséphine Sanz), uma mocinha de 8 anos que, após a morte de sua amada avó (Margo Abascal), acompanha seus pais à casa de infância de sua mãe para iniciar o difícil processo de limpar seu conteúdo. Enquanto Nelly explora a casa e os bosques próximos, ela é imediatamente atraída por Marion (Gabrielle Sanz), uma vizinha de sua idade construindo uma casa na árvore. O que se segue é um conto terno de luto infantil, memória e conexão.
Escrito e dirigido por Céline Sciamma, o longa traz em seu elenco Joséphine Sanz, Gabrielle Sanz, Stéphane Varupenne, Nina Meurisse e Margo Abascal.
O trailer pode ser conferido aqui.