Platão Em 90 Minutos

Como informei já a algum tempo, percorrerei pelos volumes da Coleção 90 minutos que foi escrita por Paul Strathern. A série conta com dezenas de volumes, trazendo textos diretos, claros e concisos, nos fazendo refletir sobre a vida e o pensamento de grandes personalidades da filosofia, ciência e outras importantes áreas. Desta vez fiz a leitura do livro “Platão Em 90 Minutos”.

O elemento central da filosofia de Platão é a chamada Teoria das Ideias (ou das Formas), que ele desenvolveu durante toda a sua vida. Platão acreditava que tudo o que percebemos ao nosso redor é mera aparência. A verdadeira realidade é o reino das Ideias (ou das formas) de que essa aparência decorre. Desta forma, pode-se dizer que um determinado cavalo negro deriva sua aparência da forma universal de um cavalo da cor negra ideal. O mundo que percebemos com os sentidos, o mundo físico, está em constante estado de mudança. Por outro lado, o reino universal das Ideias, que é percebido pela mente, é eterno e imutável.

Platão nasceu em 428 a.C, em Atenas, Grécia. Ao nascer recebeu o nome de Arístocles. Platão vem de uma família onde pai e mãe eram bastante engajados na política. Seu nome significa “largo” ou “plano”. Em 386 a.C. Platão comprou um lote de terra nos Jardins de Academos e em meio a alamedas frias e córregos sussurrantes, abriu a Academia, reunindo em torno de si um grupo de seguidores. A Academia de Platão é reconhecida portanto, como a primeira universidade. Durante muitos anos Platão continuou a ensinar em sua Academia, quando então aos oitenta e um anos, morreu e foi sepultado na própria Academia.

Platão é conhecido ainda por ter criado a popular “Alegoria da Caverna” ou o “Mito da Caverna”. Esta metáfora escrita por Platão e refere-se a um diálogo entre ele e Glauco a respeito da ignorância humana. Tal texto é encontrado no capítulo VII do livro “A República”. “O Banquete” e “Fédon” também são outras importantes obras de Platão.

Algumas de suas citações interessantes encontradas no livro:

“O indivíduo é justo da mesma maneira por que o é a cidade. Por outro lado, não esquecemos ainda que a justiça consistia, na cidade, em realizar cada classe a espécie de trabalho que lhe era própria… cada indivíduo só será justo, e fará também o que lhe é próprio, quando cada uma das partes que nele existem fizer o que lhe é próprio.”

“Não se esqueça de que a aprovação popular é um meio para chegar à realização, enquanto um temperamento arbitrário tem como companhia a solidão.”

“A filosofia começa com a perplexidade.”