Uma Lição de Amor

 Uma Lição de Amor (2001) on IMDb
No dia 02 de abril é comemorado o Dia Mundial da Conscientização Sobre o Autismo. Assim que soube de tal fato, me lembrei de um filme que a tempos, queria ter visto. Aproveitei a oportunidade e o assisti. Confesso que lá se foram rios de lágrimas. Digo isso por que realmente é uma história que mexe com a gente. Claro que, boa parte da comoção de deve ao fato de ser uma boa história, associada a interpretações fantásticas dos protogonistas, mas sim, é o típico filme que faz a gente chorar igual criança. Se não acredita, convido-o a assisti-lo.

“Uma Lição de Amor” (I Am Sam, no original) é um drama que, mesmo não sendo baseado em fatos reais, tem uma pegada muito em muito se assemelha com a vida. O longa acerta ao tratar com humanidade as relações parentais, a inclusão e preconceitos de pessoas com deficiência. O trailer pode ser visto aqui.

O longa relata a história de Sam Dawson (Sean Penn), um homem com atraso intelectual que cria sua filha Lucy (Dakota Fanning) com uma grande ajuda de seus amigos (que também tem deficiências). Justamente por ter a capacidade intelectual de uma criança de 7 anos, Sam passa a ter ainda mais dificuldades que criar sua filha, já que após fazer 7 anos, Lucy começa a ultrapassar intelectualmente seu pai. A situação chama a atenção de uma assistente social, que em sua visão, verifica que Lucy deve ser retirara do pai, sendo conduzida para um orfanato. Sam terá uma enorme batalha pela frente, aparentemente impossível de ser vencida. Ele deverá contar com a ajuda da advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), que aceita assumir o caso de Sam, como um desafio com seus colegas de profissão.

Apesar de atraso intelectual não ser sinônimo de autismo, a forma como o longa trata de temas ligados a deficiências é único e bastante próximo do que temos da realidade. O jeito que a sociedade lida com tais indivíduos merece ser revisto. E isso nos faz refletir profundamente.

Repleto de canções e referências dos Beatles (bem como outras tantas relacionadas ao cinema e artes), o longa emociona pela forma singela, simples e ponderada que trata de questões tão complexas como a destituição do poder familiar, deficiências intelectuais, traumas infantis, adoção tardia, abandono, responsabilidade familiar, entre outros.

A produção estadunidense de 2001 contou a direção de Jessie Nelson que também foi responsável pelo roteiro juntamente com Kristine Johnson. O elenco é composto por Sean Penn, Michelle Pfeiffer, Dakota Fanning, Dianne Wiest, Loretta Devine, Richard Schiff, Laura Der, Brad Silverman, Joseph Rosenberg, Stanley DeSantis, Doug Hutchison, Rosalind Chao, Ken Jenkins, Wendy Phillips, Scott Paulin, Kimberly Scott, Michael B. Silver, Eileen Ryan, Mary Steenburgen e Elle Fanning.